Mais do mesmo, só que agora com boné trucker, cinto de caveirinha e sem tanta sombra, embora rímel seja sexy
(mentira! ainda tem sombra)
Estive pensando mais uma vez sobre pássaros (para quem já conhece este proto escritor, devia estar sentindo saudades) , sobre como deve ser dificil para um pequeno e jovem pássaro pular e voar pela primeira vez, da beira de um precipicio
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Um precipicio alto, e ele lá bem na pontinha dele, quase com um atleta de salto ornamental (ou um suicida em potencial), com certeza deve ser uma visão linda, todo o mundo ao redor e simplesmente mais nada na sua frente, só o vento e o vão gigantesco do precipicio, aquele frio na barriga, aquela olhada ao redor, aquela respirada funda e engolida à seco.... e aquele medo imenso de não conseguir, aquele que causa tudo isso ai e mais o suor frio e mãos geladas...
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Mas apesar de tudo isso eu ainda acho que a visão de todo aquelas coisas praticamente ao alcance da asa, compensa tudo, é simples... tudo fica a algumas batidas de asa, a questão é o primeiro passo, só mais um passinho, aquele passo que separa o pássaro do chão firme do céu sem forma... só um passo, com um passo o pássaro consegue mudar completamente tudo a sua volta e parece estar, mais perto de qualquer coisa que queira, quer ver cachoeiras? algumas batidas de asas! quer florestas? mais algumas batidas! tudo é uma questão de fôlego para aguentar tantas batidas de asas
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Eu sempre me imagino olhando as coisas de um outro ponto de vista, ajuda a manter o foco a criar novas teorias e soluções, sempre me imagino flutuando do lado de fora da minha casa, vendo o prédio por fora, tendo a visão que o coqueiro tem do meu prédio e é mais ou menos por ai que eu imagino essa cena do pássaro na beira do precipicio, o medo de falhar e do desconhecido misturado com a excitação da descoberta e do novo definitivamente é a mais forte das drogas...
Ouvindo: Boom Boom Kid - Donde